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Mulheres: da repressão à conquista do mercado de trabalho

Diariamente, no mundo inteiro, elas lutam por igualdade com os homens e elevam os índices de empreendedorismo

Criado em homenagem a 129 operárias de Nova Iorque que morreram ao lutar por melhores condições de trabalho, o Dia Internacional da Mulher é, acima de tudo, símbolo de força e luta feminina. As tecelãs americanas reivindicavam, em 1857, a redução da jornada de trabalho de 14 para 10 horas diárias e direito à licença-maternidade. Hoje, as mulheres lutam por melhores empregos, remuneração igualitária e tentam conciliar o trabalho, educação dos filhos e administração do lar.

Nas últimas décadas é visível a crescente demanda de mulheres no mercado de trabalho, principalmente no setor informal de produção. Os primeiros estudos realizados pelo IBGE/PNDA em 1989 mostraram que 52% das mulheres recebiam até um salário mínimo, contra 25% da população masculina economicamente ativa. Apesar disso, elas têm contribuído cada vez mais na formação do orçamento familiar, quando não assumem a própria economia da família, o que acontece em cerca de 20% dos lares.

Marli Gonçalves do Nascimento não chegou a assumir sozinha as despesas do lar, mas ajudou rente o marido para conseguir o que tem. E não foi fácil. Trabalhando há 27 anos em uma madeireira, baseada no trabalho braçal, Marli sempre dividiu todas as contas da casa. ?No início trabalhava por necessidade, hoje se transformou em um prazer, principalmente porque estou perto da aposentadoria?, comemora.

Marli destaca como seu alicerce principal o marido e o apoio dos filhos que nunca a criticaram por estar boa parte do dia ausente de casa, e, pelo contrário, a ajudam nas tarefas domésticas. ?Eles sabem que é para o nosso bem que trabalho fora, para construirmos nosso futuro. A gente nunca deve se contentar apenas com arroz e feijão, não é??, reflete.  

É cada vez mais perceptível a evolução da presença feminina no mercado de trabalho. Nos anos 1950 as mulheres representavam 25% dos trabalhadores e em meados da década de 1990 esse número já era de 42,5%. Ao passo que elas ganham os postos de trabalho, permanecem com as responsabilidades domésticas, filhos e marido, caracterizando uma dupla jornada de trabalho que requer esforço e muita dedicação.
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